quarta-feira, agosto 01, 2007

Rapaz misterioso


Sentada à beira do rio...
No meio de um verão eu acenava
Para um agrupamento de corvos...
Na esperança de morrer, ou simplesmente
Ir de volta para o meu tumulo...
Ceus revestidos de fogo...
Eu implorava-te para esperares...
Mas foste embora...
O frio regelava a minha alma...
A minha inocente alma...
Mas mesmo assim não revelava a minha dor
Que sempre enfrentei no meio da minha solidão...
Uma rosa negra caiu enquanto chovia intensamente...
Assim jurava eu a morte...
De forma estupida e ignorante...
Mas o que para alguns era estupido e ignorante...
Para mim era amor...
Mas eu não mostrava a minha dor...
Isso nunca!
Exclamava para mim...
Agora choro...
Agora grito...
Agora imploro...
Rapaz misterioso...
Volta para mim...
Volta para mim da mesma forma que os corvos voltam a este rio...
Rio este que é tão belo...
Rapaz misterioso

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